Antônio Fernandes Pimenta da Silva, o Podô, nasceu em São Paulo no dia 4 de agosto de 1956, e no mesmo ano seus pais mudaram para Franca. Cresceu e sempre morou no bairro da Cidade Nova. Podô relata: "Minha infância foi mágica e muito tranquila. Comecei a desenhar, tendo como tema os filmes antigos da antiguidade Greco-romana, os clássicos do faroeste americano, assim como os quadrinhos que fizeram história nos anos 60. Fui aprendendo sozinho, com o passar dos anos e ampliando meu conhecimento das técnicas de desenho. Eram comuns nessa época os álbuns de figurinha e foi num deles, onde se falava dos grandes mestre pintores, que vi pela primeira vez um quadro de Salvador Dali. Foi paixão à primeira vista. Queria pintar, e foi exatamente em 1970 que pintei meu primeiro quadro a óleo. Desse momento até 1978 foi o período que mais aprendi, fazendo dezenas de quadros e me iniciando no mundo dos salões de arte e exposições em Ribeirão Preto. Nessa época conheci Leonelo Berti, Bassano Vaccarini e Pedro Manuel Caminada Gismonti, um trio da pesada, e que com certeza, deixou sua marca na história da Arte ribeirão pretana. Foi nessa época também que conheci e comecei minha amizade com o Miguel Angelo, convivência que gerou muitos quadros, exposições e muito boas lembraças, onde incluo o show histórico do Terço e Mutantes, dos Novos Baianos, todos ali no Teatro de Arena, além das noitadas dionisíacas no Pinguim e botecos afins.
Antes disso, tive a oportunidade de pintar por quase um ano junto com Ricardo Augusto, pude expandir muito meus horizontes com relação à pinturta e desenho. Conheci a técnica do "bico de pena" e outras de pintura que utilizo até hoje, com uma linguagem própria, tanto como desenho ou como textura nas pinturas a óleo, acrílico ou têmpera.
Em 1978, fui estudar arquitetura no Rio de Janeiro, onde pude aprimorar meus conhecimentos intuitivos, com o aprofundamento da geometria, das técnicas de perspectiva e com a convivência com alguns mestres da arte e da arquitetura. Formado em 1983, trabalhei até 1986, ano que retornei a Franca, dando prioridade a minha carreira como arquiteto, mas nunca abandonando de fato minha veia artística. Atualmente, trabalho de forma inversa, dando prioridade à arte.