Na última semana, começou a tomar forma o primeiro mosaico elaborado por Atalie Rodrigues Alves para as fachadas do prédio do Laboratório das Artes. O primeiro poderá ser visto a partir da rua Cuba. Trata-se de concretizar uma idéia cara aos modernistas e a todos que querem democratizar a arte e a sua fruição por todos os cidadãos: a integração entre a arquitetura, a arte e a cidade, bem como a possibilidade desta arte tornar-se pública, acessível até mesmo para aqueles que não podem pagar por ela.

Na última semana, o acervo do Laboratório das Artes recebeu a doação de importante acervo: doze gravuras em metal cedidas pelo arquiteto, professor e artista plástico Ivo Indiano. Coordenador do Núcleo de Gravura da Universidade de Franca, Ivo também é professor dos cursos de artes e arquitetura da mesma instituição, atuando também como arquiteto, autor de inúmeros projetos de grande porte na cidade.
O acervo do Laboratório, a cada dia, vai se ampliando com a qualidade artística das obras e com o apoio que a iniciativa vem recebendo.

Acesse o ACERVO e veja todas as obras doadas.

A cidade de Guaíra, próxima a Franca, possui em sua zona urbana um importante parque ecológico, o Maracá, projetado pelo paisagista Burle Marx, o mais importante do período modernista e grande colaborador de Oscar Niemeyer e outros arquitetos modernistas brasileiros.
O parque, além dos atrativos naturais, vai receber o Jardim das Esculturas, espaço reservado no projeto original por Burle Marx. Com o apoio da Fundação Cultural e Artística Gilberto Salvador, foi inaugurado em julho uma escultura da artista Tomie Ohtake.
 Tomie Ohtake desenvolveu um trabalho especialmente para o Jardim das Esculturas. Para dar seqüência ao projeto de instalação definitiva do Jardim, a Prefeitura Municipal de Guaíra e a Fundação Cultural e Artística Gilberto Salvador instituíram o Concurso Nacional de Arte Pública Tridimensionais de Guaíra. A obra é composta de 13 arcos em aço tubular, efetuada em etapas, redesenhando o espaço às margens do lago Maracá. A escultura, que tem cinco metros de altura, vinte metros de comprimento e doze metros de largura, pode ser vista de vários ângulos no perímetro do parque e iluminada durante a noite.

Fontes: Fundação Gilberto Salvador e www.guaira.sp.gov.br

Parque Maracá, que terá um Jardim das Esculturas

O artista plástico Athos Bulcão morreu no dia 31 de julho, aos 90 anos, em Brasília. Bulcão é o autor de um dos ícones da capital brasileira, os azulejos da igrejinha de Nossa Senhora de Fátima, projeto de seu grande amigo Oscar Niemeyer. Nascido no Catete, Rio de Janeiro, em 2 de julho de 1918, Athos Bulcão passou sua infância em Teresópolis. Começou a desenhar ainda criança e, aos 21 anos, seus amigos o apresentaram a Cândido Portinari, com quem trabalharia posteriormente como assistente no mural de São Francisco de Assis na Pampulha, o primeiro grande projeto de Niemeyer para JK. Foi nesta época, por volta de 1943, que Bulcão conheceu Oscar Niemeyer, que lhe encomendou também um projeto para os azulejos externos do Teatro Municipal de Belo Horizonte. A obra ficou inacabada e o painel não foi realizado, mas a parceria ficou. Quando a construção de Brasília foi iniciada, Niemeyer convidou Bulcão a acompanhá-lo, motivo pelo qual dezenas de obras do escultor e artista plástico se esparramaram pela cidade, integrada à arquitetura modernista de Oscar, como as belíssimas empenas laterais do Teatro Nacional. Em 1996, o artista recebeu do governo brasileiro a Ordem do Mérito Cultural, em cerimônia no Dia Internacional da Cultura. No mesmo ano, ele também recebeu o Diploma de Reconhecimento do Instituto dos Arquitetos do Brasil por sua obra em prol da arquitetura nacional. No ano seguinte, ele ainda ganhou o título de Cidadão Honorário de Brasília, por iniciativa da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

fonte: Fundação Athos Bulcão
www.fundathos.org.br

Athos Bulcão e um de seus trabalhos

Foi concluída semana passada toda a tubulação elétrica e de telefonia da sede do Laboratório, permitindo que as obras entrem em sua terceira e última etapa, a de acabamento. Os revestimentos das paredes estão sendo desenvolvidos pela equipe de trabalho, assim como ajustes no sistema de cobertura. As obras seguem o cronograma do plano de trabalho, com finalização prevista para dezembro próximo.
Além disso, com projeto do arquiteto Paulo Nehemy, foi elaborado o protótipo dos painéis móveis expositores das pinturas, com base em metal e placas de divisórias. Todo o material para os demais expositores foi adquirido e já está em fase de montagem, para ser utilizado na abertura do mais novo espaço cultural.

Obras continuam em sua fase final

Diretores do Laboratório das Artes visitaram na última semana o Centro de Arte Contemporânea Inhotim, localizado na zona rural do município de Brumadinho, Minas Gerais (53 km de Belo Horizonte), com o objetivo de conhecer um espaço cultural diferenciado e que dispõe dos mais atuais sistemas de conservação de obras de arte. O CACI, como é conhecido, é uma iniciativa de um colecionador de artes, que resolveu disponibilizar seu acervo particular ao público em uma grande propriedade que possui, em região montanhosa e dotada de Mata Atlântica, nascentes de água e uma rica fauna, numa área de preservação ambiental.
O local é impressionante por sua beleza: atualmente, são sete grandes salas, com uma arquitetura ao mesmo tempo simples e adequada às exposições de arte, em meio a luxureante vegetação, com paisagismo em parte projetado por Burle Marx. Uma das exposições atuais é de Cildo Meirelles, inclusive recompondo a Sala Vermelha, que foi atração de uma das Bienais de Arte de São Paulo.
O Inhotim pode ser visitado de quinta-feira a domingo, das 9:30 às 16:30 horas. Quem for a Minas Gerais, deve colocar uma visita na sua programação, pois é realmente um lugar maravilhoso, por sua combinação de paisagismo, arquitetura e arte.

Fotos da visita ao Centro de Arte Inhotim

O CD com a obra pictórica de Atalie deverá ser lançado em setembro próximo, em evento cultural previsto para a nova biblioteca da FESP-UEMG, em Passos. Segundo Marcelo Santos, diretor da Editora da FESP, o trabalho de revisão foi concluído e o CD já está em produção industrial. O trabalho apresenta a trajetória da artista e as várias fases e técnicas utilizadas ao longo dos trinta anos de sua atividade artística.

A artista Atalie Rodrigues Alves está concluindo os detalhes técnicos para dar início ao grande painel de arte pública que vai compor a fachada exterior da sede do Laboratório das Artes. O painel, que vai mostrar cenas com trabalhadores rurais e da indústria calçadista, retoma uma idéia cara aos modernistas, da junção entre as artes e a arquitetura. O painel deverá ter 24 m² de área e será desenvolvido com pastilhas cerâmicas.

Fotos do painel

Apesar de estar ainda em fase experimental, o site do Laboratório tem ampliado significativamente as visitas, inclusive em cidades bastante distantes de Franca, como Fortaleza (CE) e Cascavel (PR). A iniciativa do site veio para ficar e pretende ser um importante elo de ligação do Laboratório das Artes de Franca com outros artistas e iniciativas culturais país afora.

O poeta e pintor Oscar Kellner Neto, um dos primeiros e mais criativos poetas concretistas da cidade, hoje vivendo em Delfinópolis (MG), enviou mensagem de apoio ao Laboratório. Seu trabalho atual pode ser visto no seu blog www.oscarkellner.blogspot.com

Obra de Oscar Kellner Neto